24 de jun. de 2014

Hip Hop - Vôlei - Futsal - Atletismo - Cursos.

Oi gente,
o pessoal do Instituto Nexxera  está realizando atividades interessantes em Fpolis. Vejam só.

São três projetos:
  • Hip Hop - para crianças e adolescentes de 8 a 17 anos - turmas serão iniciadas no dia 08 de julho no IFSC/ Mauro Ramos;
  • PIPE (Programa de Inclusão pelo Esporte) - para crianças e adolescentes de 8 a 17 anos - turmas de vôlei, futsal e atletismo já iniciadas no IFSC/ Mauro Ramos;
  • Aprender a Vender - para jovens de 17 a 25 anos visando a inserção no mercado de trabalho - curso iniciará no dia 14 de julho na CDL.





























Pra se inscrever: 


11 de dez. de 2013

Uma oportunidade legal!

Tem uma possibilidade legal pra Jovens desde os 14 anos: é o Programa Jovem Aprendiz.

O que é o Programa? 
Uma ação do Governo Federal que permite que adolescentes e jovens tenham um primeiro emprego que não prejudique seus estudos.

Quem pode participar?
Ter entre 14 e 22 anos completos, no ato da contratação.
Estar matriculado e frequentando a escola, caso não haja concluído o ensino médio;
Não ter sido contratado anteriormente como jovem aprendiz pela ECT e/ou mantido vínculo empregatício com esta Empresa.


O que ganha?
Salário: R$ 318,26
Vale-transporte
Vale-refeição ou alimentação
Uniforme (camiseta)
Atendimento médico-odontológico ambulatorial nas instalações da ECT, onde houver este serviço;
O atendimento médico-odontológico ambulatorial não se estenderá a qualquer dependente do jovem aprendiz, inclusive descendente ou ascendente.

Quantas Horas?
20 horas semanais, 04 horas por dia.
Antes de iniciar a parte prática, o aprendiz fará um curso introdutório de 100 horas no SENAI.
  
O que o jovem aprendiz faz?
Deslocar documentos entre as áreas internas;
Receber e expedir documentos;
Arquivar documentos;
Repor material de expediente;
Apoiar a realização de eventos (organizar ambientes);
Verificar equipamentos/materiais conforme o solicitado;
Manter arquivos ordenados e atualizados;
Executar serviços em meios eletrônicos (elaborar planilhas, digitar expedientes e contatar por mensagens eletrônicas os clientes internos);
Transmitir e receber documentos por fax;
Realizar serviços reprográficos;
Utilizar multimídia e retro projetor;
Realizar atendimento telefônico;
Auxiliar na entrega de senhas e organização de filas, fornecendo informações necessárias ou encaminhando os clientes conforme o serviço solicitado;
Prestar informações sobre os serviços e produtos do Correio.

Como se inscreve?
Entre 2 a 19 de janeiro, entrar no site:
Fazer a inscrição on line e aguardar as orientações, quando pedirão os documentos que comprovem questões de renda e escolaridade.
Serão 04 (quatro) etapas:
1. Inscrição (classificatório);
2. Comprovação de requisitos (eliminatório);
3. Exames médicos pré-admissionais (eliminatório);
4. Contratação.

    Quando sai o resultado?
    O resultado final será divulgado no site dos Correios no dia 05/02/2014.

     Saiba mais por aqui:

23 de nov. de 2013

Reunião na Casa Chico Mendes (21/11/13)

O mote dessa reunião era o pensar perspectivas para o próximo ano. E o interessante é que as falas e pensamentos vazaram, extrapolaram, desviaram esse alvo. Começamos a falar e as falas foram bailando, carregadas, empurradas pelos afetos, pelos desejos. 

Uma das primeiras falas, talvez uma das mais significativas, foi dando os tons da conversa. Disse a Dalva: A ideia dos bons encontros é uma luz. A comunidade gosta de encontros! Dalva cita o exemplo de mães, que chegam antes do horário de pegar seus filhos na escola para terem um tempinho para conversar, bater um papinho!
E alguns falaram da importância da casa para si. Apontaram o fato de se sentirem acolhidos, valorizados. É um lugar fervendo de ideias, disseram! E eu ouso acrescentar que é um lugar fervendo de afetos.

O bom encontro é aquele que, entre outras coisas, desperta possibilidades de criação, de transgressão. O Bom encontro aponta para a importância do sair, ir pra outro lugar. O Bom encontro é pra dentro e pra fora.
O Bom encontro não é mais “eu” e “eles”. O bom encontro é “nós”. “É nóis na fita”.

Então, podemos pensar sim em atividades de cinema, teatro, leituras... Sei lá! Mas é de outras perspectivas, diferentes daquela que nos coloca como aquele que dá, daquele que oferece, que analisa. Mas daqueles e daquelas que estão juntos, do mesmo lado inclusive.

Podemos pensar a partir dos encontros!

30 de out. de 2013

Cine Novembro - 2ª feira, 19h30.

Nosso cine continua bombando. Vejam as sugestões pra este mês.

Dia 4 - Homem de Ferro 3.    

Criado em 1963, este personagem retorna nesta edição com uma pergunta que o atormenta: o homem faz a armadura ou a armadura faz o homem?




Dia 11- E se vivêssemos todos juntos? 
Cinco amigos que se conhecem há mais de 40 anos começam a enfrentar os problemas da velhice e decidem morar juntos. Com muito bom humor o filme toca no assunto do sexo na terceira idade.





Dia 18 - Olhos Azuis.
O vídeo é interessante e ao mesmo tempo instigador. Retrata um exercício desenvolvido por uma pedagoga norte-americana, que tinha o objetivo de fazer com que as pessoas menos impactadas pelo preconceito sofram na própria pele as angústias e indiferenças pelo simples fato de possuírem uma característica.




Dia 25 - Minha Vida Cor de Rosa.
Um menino introspectivo causa grande comoção quando decide só se vestir e se comportar como menina. A situação cria uma grande confusão para familiares e para as pessoas que o cercam.








24 de out. de 2013

Contando Clarice na Casa Chico Mendes

Nessa semana, a Casa recebeu a Cia Entrecontos que apresentou contos de Clarice Lispector para as crianças da comunidade.

O encontro foi um tanto inusitado, e muito belo. As crianças, que tem fama de bagunceiras e desatentas, estavam ligadas e super participantes, apesar do discurso elaborado de Clarice.Ficamos pensando sobre como a linguagem da contação de histórias abre possibilidades, despertando nossos sentidos para a literatura. Ao final das apresentações, as crianças falavam sobre quais histórias gostaram mais. Foi um lindo momento!

As atrizes Ligia, Heloísa e Júlia apresentaram alguns contos e adaptações de lendas brasileiras que a autora fez. Objetos sonoros e músicas originais dão melodia e ritmo às histórias que versam sobre a infância e a natureza.


A maratona de contos foi realizada em parceria com o Sesc Santa Catarina, foi um bom começo de parceria que queremos continuar!

Um dos contos apresentados é o Medo da Eternidade, que segue na íntegra:

"Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade.

Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas.

Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou:

- Como não acaba? - Parei um instante na rua, perplexa.

- Não acaba nunca, e pronto.

- Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual já começara a me dar conta.

- Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca.

- E agora que é que eu faço? - Perguntei para não errar no ritual que certamente deveira haver.

- Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários.

- Perder a eternidade? Nunca.

O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola.

- Acabou-se o docinho. E agora?

- Agora mastigue para sempre.

Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da idéia de eternidade ou de infinito.

Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar.

Até que não suportei mais, e, atrevessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia.

- Olha só o que me aconteceu! - Disse eu em fingidos espanto e tristeza. - Agora não posso mastigar mais! A bala acabou!

- Já lhe disse - repetiu minha irmã - que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá.

Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra na boca por acaso.

Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim."

Clarice Lispector - Medo da eternidade
Há (cada vez mais) braços.